A jovem Caroline Pivetta da Mota, 24 anos, que foi presa em outubro, após ter pichado paredes internas da 28ª Bienal de Artes de São Paulo, voltou a ser detida no fim da tarde de ontem, por tentativa de furto. Ela e outras duas jovens teriam sido detidas ao sair de uma loja de departamentos, em São Paulo.
Caroline e as amigas foram encaminhadas ao 15º Distrito Policial, no Itaim Bibi. Até as 9h30, a Secretaria de Segurança Pública não havia liberado as informações do boletim de ocorrência.
A pichadora ficou 54 dias presa na Penitenciária Feminina do bairro do Carandiru, zona norte de São Paulo. Ela foi solta depois de ter um habeas-corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Depois de sair da prisão, Caroline disse que se considera uma “artista” e que esperava ganhar reconhecimento com a intervenção na Bienal. Do grupo de 40 pessoas que picharam a obra da mostra, somente ela foi detida.
“Eu sei que sou artista. Quem sabe ali a gente não teria um pouco de reconhecimento do nosso trabalho, da nossa arte”, disse ela, em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, no dia 21 de dezembro de 2008.