Moradores do Itaim Bibi pedem tombamento do ‘Quarteirão Cultural’

Os moradores do bairro Itaim Bibi, na zona sul de São Paulo, se mobilizaram em defesa da preservação de uma área que concentra espaços de cultura, saúde e educação na região. Trata-se de um quarteirão no qual estão antigas construções, escolas, biblioteca, uma unidade de saúde, o Centro de Atenção Psicosocial 24 horas (Caps), o teatro Décio de Almeida Prado e uma unidade da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae).

Por meio de um abaixo-assinado, os moradores já mobilizaram 2,2 mil pessoas contrárias ao projeto da prefeitura de São Paulo, que pretendia vender para o setor imobiliário cerca de vinte áreas entre as ruas Cojuba, Lopes Neto, Salvador Cardoso e a avenida Horácio Lafer.

Os moradores também entraram com um pedido de tombamento da área no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). De acordo com Jorge Eduardo Rubies, da associação Preserva SP, que coordena o Movimento SOS Quarteirão do Itaim Bibi, o pedido de tombamento do quarteirão foi aberto entre abril e maio de 2011, e graças a ele a área deve permanecer intacta até que o órgão tome uma decisão.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho afirma que o projeto inicial previa que seis mil m² do terreno fosse usado para a construção dos serviços já disponíveis na região – exceto a unidade da Apae – e a utilização do restante da área ficaria a critério da empresa que adquirisse o terreno. Em troca, a empresa construiria creches em regiões carentes da cidade.

Com o pedido de tombamento feito pelos moradores, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) paralisou o processo de venda do terreno.

Como parte do protesto, cerca de 500 pessoas se uniram ao movimento na última quarta-feira, 21, e caminharam pelas ruas que formam o quarteirão. A atriz Eva Wilma, frequentadora do bairro, também participou do ato e leu o manifesto em defesa do tombamento da área pela Condephaat. Também estiveram presentes políticos, como o deputado federal Carlos Gianazzi (PSOL) e o vereador Eliseu Gabriel (PSB).

Fonte: Portal Terra

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