Zona Azul divide moradores do Itaim Bibi

Em torno dos modernos edifícios e empreendimentos do bairro Itaim Bibi, na Zona Sul de SP, o trânsito tem ficado cada dia mais congestionado e dado mais dor de cabeça para os motoristas. Para diminuir as filas na região das movimentadas ruas Pedroso Alvarenga, Joaquim Floriano e Renato Paes de Barros, a Sociedade Amigos do Itaim Bibi reivindica a retirada da Zona Azul.

“Se tiver mais uma faixa de rolamento vai ajudar a desafogar o trânsito. Todos os prédios têm estacionamento terceirizado e não vai fazer falta”, afirma o presidente da entidade, o empresário Marcelo Motta.

O presidente informa que já formalizou o pedido junto à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e aguarda retorno antes que o problema se agrave. “Vai encher de novos prédios na Avenida Faria Lima e o trânsito vai ficar ainda mais caótico”, comenta.

A luta é apoiada por muitas pessoas que trabalham no Itaim Bibi. A jornalista Ligia Bruni, 26 anos, também reclama das filas e acredita que a retirada da Zona Azul deve ajudar o tráfego a fluir. Ela acredita que há vagas suficientes nos prédios e demais estacionamentos da região. Colega da jovem, o editor de vídeo Marcelo Suzuki, 30 anos, concorda, mas só espera que os estacionamentos privados não aumentem o preço por conta disso. Hoje, os mensalistas pagam cerca de R$ 300.

Quem não concorda com a retirada da Zona Azul são os comerciantes. Alguns temem perder clientes. “Melhora de um lado e piora de outro. Tem de pensar em outras alternativas”, comenta Julio Skipka, gerente de uma loja de roupas da Rua Joaquim Floriano.

A Companhia de Engenharia de Tráfego informa que não há atualmente nenhum estudo prevendo a extinção do sistema Zona Azul nas ruas Pedroso Alvarenga, Renato Paes de Barros e Joaquim Floriano. A CET ressalta ainda que as ruas integram o sistema viário estratégico e são monitoradas e fiscalizadas diariamente por meio de rotas operacionais e agentes de trânsito.

Fonte: Diário de S. Paulo

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